sábado, 31 de outubro de 2015

PREPARO EMOCIONAL ANTES DO ENEM

Quando vai se aproximando da prova do ENEM é natural "bater" aquela ansiedade, mas o que é ansiedade mesmo? É uma ânsia ou nervosismo, uma característica biológica do ser humano que pode anteceder momentos de perigo real ou imaginário, marcada por sensações corporais desagradáveis, tais como sensação de vazio no estômago, coração batendo rápido, medo intenso, aperto no tórax, transpiração excessiva, etc.

 
Pode-se definir a ansiedade como um estado psíquico de apreensão ou medo devido à antecipação de uma situação, possível ou imaginária, desagradável ou mesmo perigosa, acompanhado de sintomas somáticos de tensão.

A ansiedade dentro de certos limites é natural e útil, uma vez que constitui um valioso recurso adaptativo e incita as pessoas a procurar e encontrar soluções positivas. Torna-se uma poderosa fonte de ação e evolução do próprio indivíduo. Quando a ansiedade atinge um valor extremo e caráter sistemático torna-se patológica. Neste caso, começa a haver alterações no funcionamento saudável da pessoa que podem prejudicar o seu desempenho.
A ansiedade que ajudou você a se empenhar mais nos estudos, em grau elevado pode prejudicar seu desempenho, dificultar seu raciocínio e até fazer com que tenha dificuldade de se lembrar do que estudou, o popular "deu branco".

O que fazer? Prepare-se para o dia e tente evitar imprevistos. Conhece o local da prova? Como fará para chegar lá? Horário dos transportes públicos? Lembre-se que no final de semana os horários mudam. É importante vestir roupas leves e confortáveis, estar bem alimentado, porém sem excessos e principalmente levar água, pois passará um longo período fazendo a prova.

Controle sua ansiedade. Entenda que um bom desempenho na prova é importante, mas que a sua vida é maior do que o Enem, não fique preocupado com o resultado agora, concentre-se em fazer o melhor possível. Você pode fazer um exercício respiratório simples que ajuda controlar a ansiedade. a) Sentado, respire devagar, demore puxando o ar e demore soltando-o. b) Depois que conseguir um ritmo respiratório mais lento, ao puxar o ar, segure-o, conte mentalmente até 3 ou 5 (o quanto você conseguir) e solte-o bem devagar. c) Repita este exercício pelo menos cinco vezes, sempre bem devagar e prestando atenção no ar que entre e sai dos seus pulmões.
Na hora da prova faça as questões que perceber que tem mais facilidade, o recomendado é gastar no máximo três minutos por questão. Deixe as questões que considerar mais difíceis para o final e se tiver tempo faça uma revisão antes de entregar.

Psic. Neudelon Azevedo
Psicólogo Cognitivo Comportamental - CRP: 04/22.250
Consultório: Rua Vicente Piano, 300 - Centro - Governador Valadares - MG
neudelon@yahoo.com.br 

quarta-feira, 21 de outubro de 2015

MENTAL HELP

Psiquiatria, Neuropsiquiatria e Psicoterapia: informações sobre doenças e tratamentos.

Este site sobre doenças e tratamentos psiquiátricos foi criado pelo Dr. Rubens Pitliuk, Psiquiatra Chefe de Equipe do Hospital Albert Einstein e sua Equipe.
Esperamos que ele seja útil para você.
Deixe os preconceitos de lado e procure tratamento psiquiátrico antes que seu problema complique ou cronifique.
As pesquisas mostram que crises repetidas de Depressão, Psicose, Pânico, Stress pós Traumático, etc. podem alterar o cérebro em termos químicos e estruturais (volume de certas estruturas cerebrais).
Cada vez mais você vai ouvir falar: Depressão prolongada ou Depressões repetidas fazem mal para o cérebro. O tratamento protege seu cérebro dessas alterações.
Provavelmente essa é a explicação para o que se sabe há décadas: quanto mais cedo se trata Depressão, Ansiedade, Pânico, Stress, Psicose, Enxaqueca, Cefaléia, etc., melhor.
Depois que o cérebro aprende a produzir sintomas, é cada vez mais fácil para ele produzi-los novamente.
Lembra que você aprendeu na escola que os neurônios não se regeneram, não se multiplicam e que depois que a pessoa nasce os neurônios só diminuem de número?
Esqueça. Hoje se sabe que durante nossa vida os neurônios nascem e que eles podem sofrer em determinadas situações, mas recuperam a vitalidade. Isso se chama Neurogênese e Plasticidade Neuronal.
Quem mantém a vitalidade dos neurônios é uma substância chamada BDNF (Brain Derived Neurotrophic Factor).
Temos uma estrutura cerebral chamada Hipocampo, e provavelmente é no Hipocampo que os neurônios nascem e migram para outras regiões do cérebro.
Acontece que as doenças psiquiátricas podem aumentar o nível de um hormônio chamado Cortisol. O Cortisol diminui o nosso BDNF e a vitalidade do Hipocampo e isso diminui a vitalidade dos neurônios.
Ou seja, sintomas em Psiquiatria e Neuropsiquiatria, "quanto mais tem mais terá e quanto menos tem menos terá"

terça-feira, 20 de outubro de 2015

CAVALO AMIGO EQUOTERAPIA

QUEM SOMOS

Equipe

Equipe
 
Somos uma empresa que tem como objetivo profissionalizar cada vez mais a Equoterapia no Brasil. Desenvolvemos nosso trabalho em uma área privilegiada de 10 hectares dentro da Sociedade Hípica Porto Alegrense num ambiente natural com toda infraestrutura e segurança.
A equipe Cavalo Amigo está preparada para atender o público e está sob a coordenação da psicóloga Silvia Scheffer e do educador físico Sandro Fernandes.
Nossa meta é proporcionar uma melhora na qualidade de vida através do contato com os cavalos e a natureza assistidos por uma equipe de profissionais habilitados e qualificados.

Amigo Cavalo

Amigo Cavalo
 
Os cavalos transformam os prazeres recreativos de montar em benefícios físicos, psíquicos e sociais promovendo saúde e qualidade de vida.

segunda-feira, 19 de outubro de 2015

ASSOCIAÇÃO DE PAIS INSPIRARE

Quem somos


API - Associação de Pais Inspirare, é uma entidade sem fins lucrativos, localizada na cidade de São Paulo, que busca levar a informação, dar orientação, promover o conhecimento e apontar os recursos disponíveis para as famílias que tenham crianças/adolescentes/adultos com Autismo, Dislexia ou TDAH (Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade). Esse é o nosso tripé. 

A API oferece grupos de apoio, intercâmbio entre as políticas públicas e sociais com nossos associados, seja no âmbito da área social, educacional, esporte e lazer ou da saúde, intervindo na possibilidade de medidas de proteção, que culminem na efetivação dos seus direitos. 
A API procura se manter através de doações, eventos,CURSOSde aperfeiçoamento, palestras, bazares, convênios e firmar parcerias com associações de classes, entidades privadas ou públicas e tudo que se faça necessário para nos dar condições e ferramentas apropriadas para o acolhimento dessas famílias.
Nossa missão se baseia em :

• grupos de auto-ajuda virtual e presencial; 
• difundir as informações aos profissionais na área da saúde, da educação, esporte e lazer, e à sociedade em geral; 
• militar políticas públicas de atenção à pessoa com TDAH, Autismo ou Dislexia, propondo ações alternativas; 
• através da troca de experiências, manter contato com organizações nacionais e internacionais, incentivando o diagnóstico precoce e tratamentos atualizados; • apoio educativo, social e jurídico, informando sobre direitos e deveres;
• promover campanhas de conscientização, com a distribuição de materiais informativos nas escolas, para os profissionais da saúde, da educação, esporte e lazer, familiares e à sociedade em geral; 
• propor soluções em casos onde as localidades/regiões não tenham nenhum serviço de atendimento e apoio, relacionando os serviços já existentes e identificando os profissionais especializados no diagnóstico e tratamento;
• participação efetiva em defesa dos interesses dessas famílias, fazendo um mapeamento, um banco de dados para identificá-las; 
• apoiar os direitos civis e a equalização de oportunidades na área da saúde e educação, mobilizando e envolvendo a sociedade e 
• fiscalizar ações do Governo
.

Membros

A Inspirare é uma associação criada por 5 mães: Simone Alli Chair (diretora-presidente), mãe de uma autista (Síndrome de Asperger) e de um autista de alto funcionamento e TDAH; Fany Simberg (vice-diretora), mãe de um disléxico; Roberta Pardo Mendes (conselheira), mãe de TDAH, Viviane Ojeda (conselheira), mãe de uma autista e Monica Luczyinski (conselheira), psicóloga, mãe de uma disléxica.

QUANDO OS ESTRESSORES SE TRANSFORMAM EM TRANSTORNOS PSIQUIÁTRICOS



Esse slide, do site www.comoeducarseusfilhos.com.br , resume em poucas palavras o que todo profissional da área de saúde mental precisa saber: diferenciar um transtorno psiquiátrico de alterações comportamentais ocasionadas por uma ambiente adoecido.

As avaliações, psicológicas ou neuropsicológicas, baseadas somente nas aplicações de testes psicológicos, ou seja, que deixam de avaliar os diversos ambientes de convivência da criança, irão possibilitar ao profissional ver somente a ponta de um iceberg, muitas vezes, ausentando a responsabilidade daqueles que estão adoecendo a criança.

Hoje, encontramos com frequência, profissionais que utilizam o seguintes sinônimos para alguns comportamentos:
  • agitação = hiperatividade (TDAH)
  • sono = déficit de atenção
  • dificuldade de aprendizagem = transtorno de aprendizagem.
  • e outros
Sendo assim, antes de diagnosticar uma criança - pais, professores, profissionais de saúde - procure um profissional competente no assunto para que ele realize uma avaliação sistemática da queixa apresentada.

quarta-feira, 23 de setembro de 2015

A dificuldade em se manter atento também atinge os adultos

O Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH) ou Distúrbio do Déficit de Atenção (DDA) é um transtorno neurobiológico, de origem genética. Trata-se de uma desordem psiquiátrica originada por pequenas alterações na região frontal e as suas conexões com as outras regiões do cérebro, setor responsável pela inibição do comportamento e da atenção. Reconhecido pela Organização Mundial da Saúde (OMS), atinge entre 3 a 5% das crianças em idade escolar e aproximadamente 60% delas permanecerão com o transtorno quando adultos. Durante a infância, a maior incidência é no sexo masculino, porém, na idade adulta existe um equilíbrio.
Não há controvérsias sobre a existência do transtorno, porém, muita gente crê que o TDAH não existe, sendo uma mera invenção da indústria farmacêutica, a fim de obter lucros.
shutterstock_304586684As causas do TDAH ainda são desconhecidas, porém, pesquisa americana realizada pelo Centro de Genética Aplicada do Hospital da Criança da Filadélfia, descobriu uma falha genética no cérebro dos portadores do transtorno. O estudo publicado na versão digital do periódico Nature Genetics é um relevante passo rumo ao desenvolvimento de remédios que possam tratar essas falhas. Segundo Hakon Hakonarson, coordenador do estudo e diretor do Centro de Genética Aplicada do Hospital da Criança da Filadélfia, 10% dos pacientes pesquisados apresentam tais alterações. Hakonarson destaca ainda que os genes descobertos atingem o sistema de neurotransmissores cerebrais implicados no TDAH.
Os cientistas selecionaram 1000 crianças. Analisaram o genoma delas e compararam com os genomas de 4100 crianças sem o transtorno. O objetivo era procurar variações no número de número de cópia (CNVs), que são deleções, ou duplicações de sequência de DNA. Foram identificados quatro genes com uma quantidade significativa de CNVs em crianças com TDAH. Esses genes pertencem à família de genes receptores de glutamato, cujo resultado mais forte é no gene GMR5. O glutamato é um neurotransmissor, proteína que envia sinais entre os neurônios. “Membros da família de genes GMR, juntamente com os genes com que interagem, afetam a transmissão nervosa, a formação de neurônios e as interconexões no cérebro. Então, o fato de que crianças com TDAH são mais suscetíveis a terem alterações nesses genes reforçam as evidências de que o GMR é importante no TDAH”, esclarece Hakonarson.
Outros fatores relacionados ao TDAH
Segundo a Associação Brasileira do Déficit de Atenção (ABDA), algumas pesquisas relacionam mães alcoólatras e filhos com problemas de desatenção e hiperatividade. Mas, ainda de acordo com a instituição, as pesquisas não apresentam relação de causa e efeito. A ABDA aponta estudos que associam mulheres com problemas no parto e filhos com TDAH, mas, a relação de causa também não é clara.
Diagnóstico
O ponto de partida para o diagnóstico é um questionário chamado ASRS-18. Desenvolvido por pesquisadores em colaboração com a Organização Mundial de Saúde analisa possíveis sintomas primários do transtorno. O diagnóstico só poderá ser confirmado após entrevista com um psiquiatra ou neurologista. O questionário é dividido em duas partes, ambas com nove perguntas cada. Confira as perguntas:
Parte A
  1.  Com que frequência você comete erros por falta de atenção quando tem de trabalhar num projeto chato ou difícil?
  2.  Com que frequência você tem dificuldade para manter a atenção quando está fazendo um trabalho chato ou repetitivo?          
  3.  Com que frequência você tem dificuldade para se concentrar no que as pessoas dizem, mesmo quando elas estão falando diretamente com você?          
  4.  Com que frequência você deixa um projeto pela metade depois de já ter feito as partes mais difíceis?        
  5.  Com que frequência você tem dificuldade para fazer um trabalho que exige organização?        
  6.  Quando você precisa fazer algo que exige muita concentração, com que frequência você evita ou adia o início?    
  7.  Com que frequência você coloca as coisas fora do lugar ou tem de dificuldade de encontrar as coisas em casa ou no trabalho?          
  8.  Com que frequência você se distrai com atividades ou barulho a sua volta?      
  9.  Com que frequência você tem dificuldade para lembrar-se de compromissos ou obrigações?
Parte B
  1.  Com que frequência você fica se mexendo na cadeira ou balançando as mãos ou os pés quando precisa ficar sentado (a) por muito tempo?          
  2.  Com que frequência você se levanta da cadeira em reuniões ou em outras situações onde deveria ficar sentado (a)?          
  3.  Com que frequência você se sente inquieto (a) ou agitado (a)?          
  4.  Com que freqüência você tem dificuldade para sossegar e relaxar quando tem tempo livre para você?        
  5.  Com que frequência você se sente ativo (a) demais e necessitando a fazer coisas, como se estivesse “com um motor ligado”?          
  6.  Com que frequência você se pega falando demais em situações sociais?          
  7.  Quando você está conversando, com que frequência você se pega terminando as frases das pessoas antes delas?
  8.  Com que frequência você tem dificuldade para esperar nas situações onde cada um tem a sua vez?       
  9.  Com que frequência você interrompe os outros quando eles estão ocupados?
Urinar na cama, baixo desempenho escolar associado à falta de atenção, problemas de relacionamento com colegas, são elementos que precisam ser levados em consideração no diagnóstico em adultos. Não estão descartados exames físicos, a fim de descartar a possibilidade de distúrbios clínicos ou neurológicos, Testes neuropsicológicos (ex: atenção, inteligência) e ressonância magnética específica.
Sintomas
Atrasos frequentes: Adultos têm enorme dificuldade para cumprir horários e compromissos. No ambiente de trabalho, eles adiam tarefas que consideram desinteressantes ou desagradáveis, atrapalhado sua produtividade, consequentemente da equipe, relata a psicoterapeuta Evelyn Vinocur;
Falta de organizaçãoOs portadores de TDAH começam uma tarefa antes de terminar a primeira. A dificuldade em estabelecer prioridades traz a sensação de faltar tempo;
Depressão e estresse: Nos adultos, esses sintomas estão ligadas a uma rotina de trabalho muito agitada. A depressão vem pela incapacidade de cumprir tarefas e pela impressão negativa que passa aos colegas. Essa frustração manifesta-se fisicamente, através de dores de cabeça e nos músculos das costas, afirma a psicóloga Adriana Araújo;
Problemas ao dirigir: Adultos com TDAH têm dificuldades para se concentrar. Dirigir é uma tarefa difícil, porque o rádio e o celular tiram a atenção. Pessoas com déficit de atenção não precisam parar de dirigir, mas, devem consultar um psiquiatra, a fim de obterem orientações de como agir.
Dificuldade de comunicação: A dificuldade de concentração faz com que as pessoas portadoras de TDAH tenham receio de acompanhar e participar de uma conversa. Por isso, eles interrompem os outros, fazem comentários inoportunos e falam muito alto;
Dificuldade em manter relacionamentos: As alterações de humor e dificuldade em seguir regras atrapalham o convívio. Segundo a psicoterapeuta Evelyn Vinocur, os portadores de TDAH são mandões e não conseguem cumprir acordos. A Associação Brasileira de Déficit de Atenção relata que 25% dos adultos com TDAH podem ter sérios problemas de conduta antissocial, trazendo aos pacientes solidão e isolamento, território fértil para a depressão.
Comportamento
De acordo com a psicoterapeuta Evelyn Vinocur, especialista do Minha Vida e membro da Associação Brasileira de Déficit de Atenção, o TDAH é um quadro crônico de desatenção, hiperatividade e impulsividade. Aproximadamente 30% dos homens portadores de TDAH são imaturos e sensíveis. Muitas vezes agem de forma infantil, a tal ponto que o parceiro tem a sensação de estar lidando com um filho, e não com um homem. Ainda é observado um comportamento agressivo. Os homens com o transtorno de déficit de atenção, algumas vezes não conseguem controlar a raiva e agem desproporcionalmente à situação.
Indivíduos com TDAH tendem a perderem o interesse pela rotina, o que propicia a vontade de procurar atividades e pessoas mais estimulantes.  Esse tédio sexual sentido pelos portadores do transtorno é uma das causas das altas taxas de divórcio em casais onde um dos parceiros tem o TDAH. O transtorno origina problemas de autoestima, pois, o individuo não consegue desempenhar suas atividades profissionais de maneira satisfatória, e a dificuldade em estabelecer intimidade faz com que os portadores isolem-se de amigos, parentes e parceiros amorosos.
Tratamento
shutterstock_306265040Ao contrário do que dizem, os medicamentos para o tratamento do TDAH não entorpecem, não deixam os pacientes não ficam iguais a “zumbis”. Existem várias opções de remédios para tratar o transtorno com ou sem hiperatividade, com sólidas evidências de eficácia. Os psicoestimulantes costumam ser a primeira escolha no tratamento. Segundo o National Institute of Health (NIH), já foram feitas mais de 170 pesquisas, realizadas com mais de 6000 pacientes e 70% deles responderam positivamente usando apenas um estimulante, resultado altamente satisfatório. Os psicoestimulantes, além dos sintomas clássicos de Transtorno do Déficit de Atenção com ou sem Hiperatividade (desatenção, impulsividade e hiperatividade), também atuam nos quadros de ansiedade, depressão, explosões de raiva e comportamento impulsivo.
Dentre os psicoestimulantes usados no tratamento do TDAH estão o Metilfenidato (Ritalina ou Concerta),  Pemoline (Cylert), e as anfetaminas (Dexedrine, Adderall) não são disponíveis no Brasil. Em algumas situações o modafinil (Stavigile) poderá ser usado.
Convivendo com TDAH
Embora seja um transtorno que atrapalhe a vida social e profissional, com remédios e a aplicação de algumas medidas, o portador de TDAH pode ter mais qualidade de vida. Vejam quais medidas adotar para cada sintoma:
Estresse e alteração de humor
  • Dormir: Dormir mal acentua os sintomas do TDAH. Não tome cafeína antes de dormir e evite atividades físicas uma hora antes de ir dormir;
  • Alimentação correta: Pequenas porções ao longo do dia, pouco açúcar, menos carboidratos e mais proteínas auxiliam na redução dos sintomas;
  • Atividade física: Alivia o estresse, acalma a mente, melhora o humor, além de gastar o acúmulo de energia;
Falta de organização
  • Tenha uma agenda: Anote seus horários e compromissos. Organize a rotina do dia seguinte à noite;
  • Faça listas: Use post-it (blocos de anotações autocolantes) para ajudar na organização dos seus afazeres. Cole-os no computador;
  • Sistemas de arquivamento: Use pastas com divisórias para arquivar seus documentos (receitas, contas, fichas de inscrição, etc.);
  • Estabelecer horários: Estabeleça horários para suas atividades. Dedicar alguns minutos para ler e responder e-mails evita acessar sua conta a cada cinco minutos.
Administrando o tempo
  • Relógio: De pulso, do celular ou computador, o importante é estar sempre à vista. Toda vez que começar uma atividade, anote o horário;
  • Chegue mais cedo: Anote os horários de seus compromissos com 15 minutos de antecedência. Por exemplo, se uma consulta é as 11 da manhã, anote na agenda que é às 10:30;
  • Uma coisa de cada vez: Se estiver em um projeto grande, divida-o em várias partes;
  • Falar não: A impulsividade faz o adulto com TDAH aceitar várias atividades ao mesmo tempo e não terminar nenhum. Antes de aceitar qualquer tarefa, verifique em sua agenda se há tempo para ela.
Nenhum sintoma apresentado aqui, mesmo isoladamente pode ser ignorado. Caso perceba um comportamento semelhante aos relatados nesse artigo, leve seu familiar ou amigo em um psicólogo ou psiquiatra. Com uma avaliação rigorosa, administração de medicamentos, sessões de psicoterapia e apoio familiar, o adulto portador do déficit de atenção consegue superar as limitações impostas pela agressividade, crises de ansiedade, dificuldades de comunicação, entre tantas outras responsáveis pela queda de produtividade profissional e falta de qualidade nos relacionamentos com família, amigos e parceiros amorosos.
Também é papel do psicólogo ou psiquiatra orientar a família. A compreensão de pais e irmãos sobre o transtorno ajudam quem sofre com o TDAH a mudar hábitos. Um adulto com déficit de atenção será mais eficaz na tarefa de aprender a administrar o tempo, estabelecer prioridades, dizer não e controlar sua impulsividade com o apoio de seus familiares.
Confira o que você, pai, mãe ou irmão podem fazer efetivamente para a superação do TDAH:
  • Conversar;
  • Reforçar as qualidades, elogiar sempre;
  • Em vez de cobrar resultados, cobrar empenho;
  • Estabelecer limites e lembrar dele sempre;
  • Fale de frente, o contato olho no olho é importantíssimo, pois, transmite segurança;
  • Advertir o comportamento inadequado, apontando qual é o correto e por que;
  • Programar atividades fora de casa. Passear no parque, ir ao cinema;
  • Estimular a recuperar e fazer amizades;
  • Estimular independência;
  • Estabeleça junto com o portador períodos de descanso entre as atividades profissionais e/ou escolares.

terça-feira, 22 de setembro de 2015

CRISES PÓS-FÉRIAS TAMBÉM ATINGEM CRIANÇAS NO VOLTA ÀS AULAS

A volta as aulas é uma mudança difícil na rotina das crianças, especialmente para aquelas que entram pela primeira vez, e os pediatras dizem que em alguns casos pode causar uma crise de adaptação "semelhante a síndrome pós-férias dos adultos".



Segundo a Sociedade Espanhola de Atenção Primária em Pediatria (SEPEAP) as crianças podem apresentar nervosismo e estado de ansiedade quando elas têm que voltar para a escola. Nas férias as crianças não têm horários fixos, têm menos preocupações e responsabilidades, e encontram ambientes diferentes ao encontrado na escola. 

Além disso, a mudança pode estar mais presente em crianças "pequenas" que estão começando a frequentar a escola, aquelas que têm rotinas mais variadas durante as férias, que mudam de escolas e amigos ou mesmo aquelas que simplesmente mudam de ano (série) na escola.

Nesses casos, as crianças devem se adaptar aos novos professores, conhecer os novos colegas, ao novo conteúdo e, as vezes, até mesmo a uma nova escola.


Pais e professores:

Para retomar a rotina escolar de maneira menos traumática, os pediatras consideram que o apoio conjunto de pais e professores é fundamental para "transmitir uma impressão positiva do que é o retorno ao colégio". 

Em uma ou duas semanas a maioria dos estudantes, geralmente, se adaptam à escola normalmente. Porém, algumas crianças podem levar mais tempo, por isso, é necessário "ser paciente e calmo", sem exigir muito delas e oferecer um pouco mais de tempo para retomar o ritmo, já que cada criança tem o seu próprio tempo. Sempre será melhor evitar as infelizes comparações.

A melhor maneira de adapta-las antes da mudança (férias-retorno as aulas) seria inserir progressivamente rotinas que dão confiança e segurança para os alunos. Também, é bom agendar atividades extracurriculares  das crianças comprometendo-os e buscando a sua cooperação.   


"É importante lembrar que eles precisam de tempo para descansar e brincar e não é bom sobrecarregá-los de obrigações. A atividade física cotidiana e praticar algum esporte, a ajudará estar em forma, tanto o corpo quanto a mente", segundo SEPEAP.

Organizar os horários antes do primeiro dia de aula:

Os horários são uns dos aspectos fundamentais para a boa adaptação da criança a escola, ao período de aula, sendo conveniente que se coloquem em prática alguns dias antes do início as aulas, podendo ser de comum acordo. 

A hora de se levantar de todos os dias pela manhã é um dos momentos que poderá ocasionar mais conflitos e deverá ser colocado em prática gradualmente, para que o organismo vá se acostumando com o despertar dois ou três dias antes do início das aulas.

O mesmo acontece com o momento de ir para cama, podendo ser útil alertar para as crianças o horário para elas irem se deitar ou colocá-los na cama um pouco mais cedo dia após dia, para que elas consigam levantar-se mais cedo para ter o tempo necessário para se lavar, tomar o seu café da manhã e ir para a escola. Uma boa noite de sono é essencial nesta idade, explicou Ines Hidalgo, chefe do grupo Sonho SEPEAP.


Outros horários que devem ser regrados são aqueles relacionados a alimentação, televisão, jogos de vídeo-game e tecnologias em geral. "Lembre-se que as crianças não devem ter TV ou computador em seu quarto" diz Jesus Garcia Perez, grupo de pediatria social desta sociedade científica.

O especialista reconhece que as novas tecnologias são são "recursos muito úteis para fins recreativos ou de trabalho" mas deve ser compartilhado com toda famílias. Dessa forma, você pode evitar um possível isolamento da criança e se pode exercer o controle sobre ele, evitando um possível uso inadequado do mesmo, sendo recomendado pelo especialista a definição de horário de estudo e de descanso ao iniciar as aulas.

Alimentação

Os pediatras, também, enfatizam a necessidade de ter uma alimentação completa e variada, começando o dia com um café da manhã completo. Diversos estudos relacionam a falta de rendimento escolar aqueles alunos que não tomam café da manhã ou não fazem de forma adequada.


É um hábito que nunca deve se perder e se deve ser praticado com tranquilidade durante as férias, sendo um bom momento de retoma-lo de maneira positiva. Não se deve pular refeições ou comer muito mais do que o necessário. Os excesso também são negativos, explicam os especialistas.

Além disso, eles apontam a importância de manter a vacinação das crianças em dia, já que as escolas são lugares com grande número de pessoas e, portanto, com grande risco de exposição a diferentes vírus e doenças.